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2013 / Tema 04

Avaliação pré-operatória de massas pélvicas: indicações e confiabilidade dos métodos diagnósticos ( Preoperatory evaluation of pelvic masses: Indications and reliability of diagnostic methods )

  1. O ginecologista deve sempre considerar a possibilidade de câncer de ovário em pacientes de qualquer idade que apresentem massa anexial ou ovariana (evidência B).

  2. A avaliação inicial de paciente com massa anexial, especialmente na perimenopausa e na pós-menopausa, deve incluir sinais e sintomas sugestivos de malignidade, como dores pélvica e abdominal persistentes, urgência ou frequência urinária, distensão ou aumento de volume abdominal e inapetência (evidência B).

  3. Pacientes com risco elevado de diagnóstico de lesão maligna, clínico e/ou radiológico, devem ser encaminhadas para serviço especializado, pois a abordagem cirúrgica primária por equipe especializada em oncologia ginecológica otimiza o tratamento (evidência B).

    AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA DE PACIENTES COM MASSA ANEXIAL
     
  4. Não há necessidade de dosar CA-125 em pacientes na pré-menopausa com diagnóstico de cisto simples de ovário (evidência B).

  5. A dosagem de desidrogenase lática (DHL), alfafetoproteína (a-FP) e gonadotrofina coriônica (hCG) em pacientes com massa anexial complexa na pré-menopausa para o diagnóstico de tumores de linhagem germinativa não apresenta recomendação (evidência C).

    AVALIAÇÃO POR MÉTODO DE IMAGEM
     
  6. O ultrassom pélvico é o exame único mais efetivo para avaliação de massa pélvica, sendo preferível a associação com a via transvaginal (evidência B).

  7. O ultrassom transvaginal ou transabdominal é parte da avaliação inicial de massas pélvicas complexas (evidência B).

  8. O exame ultrassonográfico deve relatar tamanho, lateralidade (uni/bi), possibilidade de origem, regularidade e espessura da parede, presença e espessura de septos, presença de áreas sólidas e vegetações, padrão de fluxo sanguíneo e sua distribuição, além de presença ou não de ascite, informações necessárias para cálculo de risco de malignidade (evidência C).
  9. A associação dos métodos TC e RNM não maximiza a sensibilidade e a especificidade diagnóstica do US no diagnóstico de malignidade (evidência C).

    MANEIRA PREFERENCIAL DE ESTIMAR O RISCO DE MALIGNIDADE
     
  10. O IRM 1 é o índice mais eficiente na avaliação de massa pélvica (evidência B).

    AUSÊNCIA DE SINTOMAS EM MULHERES COM CISTOS SIMPLES DE OVÁRIO
     
  11. Pequenos cistos ovarianos simples (<50 mm diâmetro) geralmente prescindem de seguimento, pois provavelmente têm origem fisiológica e se resolvem em três ciclos menstruais (evidência C).

  12. Cistos simples entre 50–70 mm de diâmetro podem ser observados e reavaliados com US (evidência C).

  13. Cistos simples de maior diâmetro devem ser reavaliados por outros métodos, como RNM, ou explorados cirurgicamente (evidência C).

  14. Cistos ovarianos que sofram aumento de diâmetro provavelmente não são funcionais e devem ser explorados cirurgicamente (evidência C).

  15. O uso de contraceptivo hormonal combinado não promove a resolução de cistos funcionais de ovário (evidência A).

  16. A cirurgia anexial por via laparoscópica, motivada por doença presumivelmente benigna, apresenta menor morbidade pós-operatória e menor tempo de recuperação, sendo preferível à laparotomia, quando possível (evidência A).

  17. A laparotomia pode ser mais indicada em tumores grandes com componente sólido (evidência C).

  18. A aspiração de cistos simples ovarianos, guiada por US ou durante laparoscopia, apresenta elevada taxa de recorrência (evidência B).

  19. Em cirurgia laparoscópica, a retirada da peça deve ser através de invólucro adequado pelo porte umbilical (evidência A).

    EXAME DE CONGELAÇÃO INTRAOPERATÓRIO
     
  20. O exame anatomopatológico intraoperatório possibilita a definição diagnóstica, mas é limitado para tumores de baixo potencial de malignidade (evidência B). As recomendações com evidência C salientam eventuais práticas clínicas e cirúrgicas baseadas na experiência de especialistas, mas não referendadas por estudos prospectivos e randomizados. Os autores insistem na importância de os ginecologistas terem claro que determinadas condutas são baseadas nesse contexto.
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