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2013 / Tema 02

Anticoncepção de emergência em adolescentes ( Emergency contraception in adolescents )

  1. As indicações para o uso de contracepção de emergência em adolescentes são abuso sexual, relação vaginal desprotegida e falhas no método anticoncepcional de uso regular, como preservativo rompido e doses atrasadas ou esquecidas de métodos hormonais (A).

  2. O fármaco de escolha para a contracepção de emergência é o levonorgestrel em dose única de 1,5 mg, devendo ser administrado assim que possível após coito desprotegido. Ele é mais efetivo se ingerido em até 72 horas após a relação, podendo, contudo, ser utilizado em um intervalo de até 120 horas (A).

  3. Não existem contraindicações para o uso do levonorgestrel como anticoncepção de emergência e não há necessidade da realização de teste de gravidez anterior a seu uso. Não há benefício na administração de antieméticos antes da utilização do levonorgestrel. Adolescentes passíveis de reações ao uso de estrógeno podem fazer uso de levonorgestrel como contraceptivo de emergência (A).

  4. Se não houver disponibilidade do levonorgestrel isolado em dose única de 1,5 mg, o método hormonal combinado pode ser utilizado (método de Yuzpe). Devem-se administrar, assim que possível, quatro pílulas de 30 µg de etinilestradiol 150 µg de levonorgestrel, ou cinco pílulas de 20 µg de etinilestradiol 100 µg de levonorgestrel, com intervalo de 12 horas entre cada dose. Podem-se administrar antieméticos (meclizina ou metoclopramida) uma hora antes de cada dose para diminuir a incidência de náuseas e vômitos. O regime hormonal combinado não deve ser aplicado a adolescentes com contraindicações ao uso de estrógeno, como neoplasias hormônio-dependentes, antecedentes de tromboembolismo, doenças hepáticas e migrânea com aura, entre outras (A).

  5. O DIU de cobre pode ser opção muito eficaz para anticoncepção de emergência em até cinco dias após a relação sexual desprotegida, especialmente para adolescentes obesas (A). Deve-se, contudo, considerar uma maior dificuldade de inserção devido à nuliparidade (B) e uma maior chance de expulsão do dispositivo. É importante a possibilidade do risco de doenças sexualmente transmissíveis, o que descredencia seu uso em casos de abuso sexual. Recomenda-se a realização de teste de gravidez antes da inserção do DIU.

  6. As adolescentes devem manter o acompanhamento médico após a utilização de contracepção de emergência para investigar possíveis doenças sexualmente transmissíveis e estabelecer o uso de métodos anticoncepcionais regulares.
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