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2012 / Tema 14

Inibição do Trabalho de Parto Prematuro ( Inhibition of Preterm Labor )

Esta revisão permite as seguintes recomendações:

  1. A utilização de tocolíticos para o bloqueio do parto prematuro, apesar de apresentar aspectos controversos, ainda constitui medida terapêutica de valor, a ser tentada, so- bretudo em idades gestacionais mais precoces (antes de 34 semanas). Esta terapêutica também pode ser instituída entre 34-36 semanas, na dependência das condições clíni- cas da gestante e do local de atendimento (B).
     
  2. É importante, para o uso dessas substâncias, o correto diagnóstico do trabalho de parto prematuro, bem como a certeza da idade gestacional, associada às avaliações materna e fetal qualificadas, visto poderem ocorrer efeitos adversos. É essencial respeitar sempre contraindicações maternas e fetais (B).
     
  3. O objetivo primordial da tocólise é postergar o parto por tempo suficiente (48-72 ho- ras) para transferir a paciente para centro de referência e praticar a corticoterapia an- tenatal, atitudes que efetivamente otimizam o prognóstico neonatal (A).
     
  4. Entre os principais agentes tocolíticos na atualidade, encontram-se os betamiméticos, indometacina, nifedipina e atosiban. A eficácia dessas drogas é muito semelhante, não sendo possível destacar recomendação unânime de uma delas. As duas últimas se associam a me- nores efeitos colaterais, sendo as preferíveis. A indometacina deve ser reservada para casos individualizados; o uso do sulfato de magnésio está proscrito como tocolítico (A).
     
  5. O custo da utilização do atosiban em nosso meio, em comparação com outros tocolí- ticos, merece maiores estudos, já que a efetividade comprovada até hoje não o torna superior em termos de resultados (A).
     
  6. Associação simultânea de agentes tocolíticos não aumenta sua eficácia, mas potencializa seus efeitos colaterais, devendo-se evitar essa prática (B).
     
  7. Ao indicar um agente tocolítico, faz-se mister avaliar sempre o risco/benefício de sua utilização em relação à situação clínica que se apresente no momento, verificando as implicações maternas e fetais em cada caso (B).
     
  8. Ainda não existe evidência científica que respalde o prolongamento da terapia ou ma- nutenção da tocólise por mais de 48 horas, devendo o procedimento restringir-se a casos selecionados (idade gestacional muito precoce, com bem-estar fetal assegurado e sem comprometimento infeccioso) (B). O uso da progesterona, via vaginal, parece ser a opção mais segura com esse objetivo (A).
     
  9. Em relação à posologia dos tocolíticos, a literatura refere diversos esquemas terapêuticos, não havendo, contudo, consenso sobre a melhor posologia (A).
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