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#ExaMina - Corrimentos vaginais: saiba quando buscar ajuda médica e como prevenir

Fabiano Elisei Serra – 15/05/2021

Corrimentos vaginais são motivos frequentes de consultas ao ginecologista. Muitas mulheres acham seu corrimento “esquisito” ou diferente do habitual. O que chama a atenção, porém, é que boa parte das mulheres que procuram o médico está com o corrimento normal (fisiológico), relacionado a alterações hormonais ou pelo pouco conhecimento do corpo. É preciso saber o que pode ser normal para reconhecer quando houver, de fato, alguma alteração.

Corrimento normal (fisiológico)

O corrimento normal da mulher é transparente ou branco e de consistência cremosa, líquida ou parecendo clara de ovo. Não possui odor fétido (ruim) e não causa outros sintomas como coceira e inflamação. Se a mulher não usa anticoncepcional hormonal ele terá modificações durante o ciclo, sem que isso caracterize qualquer doença. No período gestacional, ele também sofre alterações e fica bastante volumoso, de forma que algumas mulheres até se confundem e suspeitam de que seja uma infecção ou que a bolsa tenha “estourado”.

Corrimento vaginal: sinais e sintomas de alerta

Corrimento amarelo, esverdeado, rosado ou com aspecto de coalhada, principalmente se associado a coceira, dor, ardência, vermelhidão e mau cheiro (que normalmente piora após a relação sexual e parece odor de peixe) merecem uma avaliação médica. A maior parte das causas é infecciosa, devido ao crescimento de bactérias, fungos ou protozoários. Os mais comuns são vaginose bacteriana, candidíase, tricomoníase e cervicite (inflamação do colo do útero) por clamídia ou gonococo (gonorreia). As três últimas causas são consideradas infecções sexualmente transmissíveis e o parceiro também deverá ser tratado. Outras causas menos frequentes são a atrofia após menopausa, alergias, reações a algum corpo estranho (algo que foi introduzido e deixado na vagina), pequenos sangramentos e, bem mais raramente, câncer.

Se o corrimento vier acompanhado de sintomas como febre, dor intensa no abdome, saída de pus pela vagina ou dor forte durante a relação sexual, o ginecologista deve ser consultado imediatamente.

Dez dicas para prevenção dos corrimentos

  • 1) Realize higiene íntima adequada: lave a parte externa dos genitais (vulva) com sabonete suave 1 a 3x ao dia e NÃO realize duchas vaginais (lavagem interna).
  • 2) Vista preferencialmente calcinha de algodão e experimente dormir sem calcinha.
  • 3) Não use protetor diário (absorventes pequenos) ou, se usar, que sejam “respiráveis” (sem película plástica)
  • 4) Evite o uso de lenços umedecidos ou papel higiênico com perfume.
  • 5) Não tome antibióticos sem prescrição médica (alteram a flora vaginal natural).
  • 6) Cuide do Diabetes de forma adequada (o excesso de açúcar pode favorecer a proliferação de fungos).
  • 7) Reduza o estresse, que diminui a imunidade, através de técnicas de respiração e relaxamento, atividade física regular e sono adequado.
  • 8) Evite permanecer com biquíni molhado por muito tempo. A combinação “sol e água” é perfeita para o crescimento de fungos.
  • 9) Evite usar calças apertadas, que não permitem a “ventilação” da região.
  • 10) Use camisinha! Sempre!

Deu dúvida? Não faça tratamentos por conta própria! Sempre consulte seu ginecologista.

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