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#Examina - Amamentação e sua importância na vida da mulher

26 de abril de 2022.

Anderson Pinheiro

A amamentação pode ser uma etapa da vida no pós-parto cercada de desafios. Nem sempre o início do aleitamento materno é fácil e natural. É comum que ocorram fissuras areolares, sangramento, dor e ingurgitamento mamário. Geralmente com orientação especializada mãe e bebê conseguem passar pela fase de aprendizado inicial e conseguem desenvolver o aleitamento materno da melhor forma possível para o binômio. Apesar da possível dificuldade inicial vale a pena insistir para que o aleitamento materno ocorra. Abaixo iremos discutir alguns benefícios do aleitamento materno para o bebê e para a mãe.

O aleitamento materno traz incomensuráveis benefícios a vida do recém-nascido. Alguns desses benefícios podem se prolongar por toda vida. Dentre os principais benefícios podemos citar: É rico em energia, proteínas e outros nutrientes como ferro e a vitamina A; previne doenças infecciosas, entre ela a diarreia; estimula e fortalece a mandíbula e arcada dentária do bebê; é considerada a primeira “vacina” do bebê; reduz o risco de doenças alérgicas; ajuda no amadurecimento do trato gastrointestinal melhorando a digestão e reduzindo cólicas; desenvolve maior inteligência; além de estabelecer maior vínculo com a mãe.

Já para a mãe, apesar de menos difundido, o aleitamento materno também promove diversos ganhos e apresenta grande importância na vida da mulher. O primeiro e principal deles é o aumento do vínculo do bebê com a mãe. Os momentos que passam juntos, em silencio ou não, se conhecendo é de grande importância para aumentar o vínculo do binômio.

O aleitamento materno, principalmente quando realizado na primeira hora pós-parto promove contração uterina reduzindo o sangramento vaginal. O mesmo benefício se estende durante as primeiras semanas pós-parto.
Além disso, o aleitamento ajuda a mulher a voltar para o peso pré-gestacional. Por causa do aleitamento a mulher perde 2100kj por dia, significando a perda de aproximadamente 450 gramas do peso corporal por mês. Concomitantemente, há redução da gordura corporal, principalmente da gordura abdominal. Com tudo isso, as mulheres apresentam melhora da autoestima e da satisfação com o próprio corpo.

Ademais, a amamentação promove liberação de substâncias importantes, como a ocitocina e a prolactina, e a diminuição de hormônios como o cortisol e o ACTH promovendo um efeito ansiolítico com diminuição do estresse e da depressão pós-parto.

Outro ganho com o aleitamento é a amenorreia (ausência de menstruações) com anovulação (a mulher não ovula) diminuindo a chance de uma gravidez indesejada. Para maiores informações sobre anticoncepção no pós-parto, ver a publicação sobre este tema aqui neste blog.

A longo prazo, a amamentação reduz o risco de a mulher desenvolver de câncer de mama, de ovário e de útero. Além de reduzir o risco de endometriose. Do ponto de vista sistêmico, o aleitamento reduz a chance de a mulher desenvolver diabetes mellitus do tipo 2, osteoporose, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica.

Referências

Salone LR, Vann WF Jr, Dee DL. Breastfeeding: an overview of oral and general health benefits. J Am Dent Assoc. 2013 Feb;144(2):143-51. doi: 10.14219/jada.archive.2013.0093. PMID: 23372130.
Del Ciampo LA, Del Ciampo IRL. Breastfeeding and the Benefits of Lactation for Women's Health. Rev Bras Ginecol Obstet. 2018 Jun;40(6):354-359. English. doi: 10.1055/s-0038-1657766. Epub 2018 Jul 6. PMID: 29980160.

 

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