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Live debate distúrbios do sono na mulher

São Paulo, 26 de outubro de 2023.

Live debate distúrbios do sono na mulher

A Comissão de Mídias Sociais da SOGESP preparou mais uma live imperdível: no dia 7 de novembro, terça-feira, às 19h30, pelo Instagram (@sogesp.sp), serão abordados os distúrbios do sono na mulher. Uma excelente oportunidade para ginecologistas, obstetras, residentes, acadêmicos, pacientes e profissionais da saúde em geral tirarem dúvidas e se atualizarem.

Professora associada de Ginecologia na Universidade de Miami, membro da Comissão de Mídias Sociais da SOGESP e secretária da Comissão Nacional Especializada (CNE) de Sexologia da FEBRASGO, Flávia Fairbanks será a anfitriã do encontro. A convidada especial, Helena Hachul de Campos, ministra a disciplina de Saúde da Mulher na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), é professora livre-docente, orientadora da pós-graduação e chefe do Setor Sono na Mulher da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e pesquisadora do Instituto do Sono.

“O sono é fundamental para a nossa saúde e o nosso bem-estar, pois enquanto dormimos, o corpo e a mente são restaurados – sistema imunológico, pele, memória, tudo. Uma noite bem dormida garante um bom dia dali a algumas horas”, assevera a dra. Helena. Ela explica que o risco de desenvolvimento de problemas cardiovasculares, resistência a insulina e diabetes cresce com o débito de sono. Ganho de peso, diminuição da imunidade e déficit de atenção também podem bater na porta de quem passa mais tempo acordado do que deveria.

“Precisamos destacar, no entanto, que o sono das mulheres tem particularidades. Passamos por experiências ‘só nossas’, como a menarca, a gestação, a menopausa, e somos afetadas por patologias que não atingem os homens, como a síndrome dos ovários policísticos. Tudo isso, da juventude à velhice, repercute na qualidade do sono e na qualidade de vida, conforme discutiremos na live. Além dos aspectos fisiológicos, há ainda os sociais: em geral, acumulamos trabalho, estudo e cuidado doméstico. Jornadas duplas, triplas, têm impacto na saúde feminina, é claro.”

A diferença entre o sono das mulheres e o dos homens se dá, em grande parte, por questões hormonais. A progesterona, por exemplo, liberada em maior quantidade na segunda metade do ciclo menstrual, é considerada um estimulante ventilatório, o que influencia diretamente o sistema respiratório. Nessa fase, pode haver menor resistência de vias aéreas superiores. Do mesmo modo, ao longo da menopausa, a queda do nível de estrogênio leva às incômodas ondas de calor, tornando as noites mais penosas.

Até mesmo a vida reprodutiva pode ser transformada por distúrbios do sono. A dra. Helena alerta: “Há uma relação bidirecional entre sono e reprodução. São vários os estudos em andamento que apontam que não descansar o bastante pode dificultar as chances de engravidar”.

Preparar um ambiente silencioso e com pouca luminosidade e evitar o uso de eletrônicos, a presença de relógios no quarto e o consumo de café e alimentos pesados antes de dormir são ações simples que garantem uma higiene do sono adequada. “Alguém que toma tais cuidados e ainda assim não consegue dormir bem, que se sente sem energia no dia seguinte, incapaz de se concentrar, deve procurar ajuda profissional. Seja insônia, apneia ou qualquer outro problema - um diagnóstico acertado é o caminho para a melhora.”

Marque o encontro na agenda e não fique de fora!

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