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#ExaMina - Estou grávida. Posso ingerir uma taça de vinho ou um copo de cerveja? Hoje vamos conversar sobre os Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF) e a Síndrome Alcoólica Fetal

#ExaMina

14.jul.2020 - Anderson Pinheiro

#ExaMina - Estou grávida. Posso ingerir uma taça de vinho ou um copo de cerveja? Hoje vamos conversar sobre os Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF) e a Síndrome Alcoólica Fetal

O álcool é um teratógeno neurocomportamental e a exposição pré-natal a ele provoca efeitos no desenvolvimento anatômico e funcional do sistema nervoso central (SNC) do feto. Os Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF) incluem distúrbios que ocorrem em crianças como resultado do consumo de álcool pelas mães durante a gestação. O tratamento dos TEAF para crianças e adolescentes é multidisciplinar e inclui terapias comportamentais/ cognitivas e adaptativas.

Como o bebê é atingido? O álcool atravessa a placenta e atinge o feto. Pela imaturidade do feto e seus baixos níveis de enzimas, o metabolismo e a eliminação do álcool são mais lentos. O líquido amniótico acaba funcionando como um reservatório de álcool e expõe ainda mais o feto aos seus efeitos.

A Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) representa o extremo mais grave dos TEAF, podendo culminar até mesmo com óbito fetal.  Pacientes com SAF podem ter características faciais anormais, atrasos de crescimento, alterações no SNC, alterações cardíacas e renais, dificuldades de aprendizado/ memória/ atenção/ comunicação/ visão/ audição.  Um misto destas complicações pode ocorrer. Crianças com SAF costumam ter dificuldades na escola e problemas de relacionamentos. A SAF não tem cura.

No mundo, a SAF acomete 1 a 3 casos por 1000 nascidos vivos. No Brasil, o consumo de álcool na gestação representa a causa mais importante de deficiência mental não congênita. Pesquisas mostram que cerca de 10 a 40% das mulheres brasileiras ingerem alguma dose de álcool no período da gestação.

As principais sociedades de ginecologia e obstetrícia e de pediatria no Brasil e no mundo não reconhecem uma dose segura de álcool que possa ser ingerida na gestação. Assim, recomenda-se álcool ZERO na gestação e para mulheres que estejam tentando engravidar.

Se a mulher se descobriu grávida, deve parar imediatamente de ingerir álcool. Se isso for um problema para a mulher, ela deve procurar ajuda. É muito importante que os pré-natalistas perguntem ativa e repetidamente sobre o uso de álcool na gestação e, se necessário, encaminhem as gestantes para tratamento que a auxiliem a parar de beber, como grupos, psiquiatras, terapeutas. E se a mulher está em idade fértil e não deseja uma gestação, deve realizar uso adequado de um método anticoncepcional de sua escolha, orientada por um ginecologista ou um médico de família!

Fontes: Febrasgo, Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade de Pediatria de São Paulo.

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